BIOSAÚDE

Leptospirose

O que é leptospirose?
A leptospirose é uma doença bacteriana, que afeta humanos e animais, causada pela bactéria do gênero Leptospira. Em humanos a leptospirose causa uma vasta gama de sintomas, sendo que algumas pessoas infectadas podem não ter sintoma algum. Os sintomas da leptospirose incluem febre alta, dor de cabeça forte, calafrio, dor muscular e vômito. A doença também pode causar os seguintes sintomas: olhos e pele amarelada, olhos vermelhos, dor abdominal, diarréia e erupções na pele. Se a leptospirose não for tratada, o paciente pode sofrer danos nos rins, meningite (inflamação na membrana ao redor do cérebro e cordão espinhal), falha nos rins e problemas respiratórios. E raras ocasiões a leptospirose pode ser fatal. Muitos desses sintomas podem ser confundidos com outras doenças, de modo que a leptospirose é confirmada através de testes laboratoriais de sangue ou urina.


Como as pessoas contraem leptospirose
Contaminação por leptospirose geralmente é causada pela exposição à água contaminada com urina de animais infectados. Muitos tipos diferentes de animais carregam a bactéria e podem algumas vezes não apresentar sintomas. A bactéria da leptospirose já foi encontrada em porcos, gado, cavalos, cães, roedores e animais selvagens. Os humanos são infectados através do contato com água, alimentos ou solo contendo urina de animais com leptospirose. Isso pode acontecer ao ingerir água ou comida infectada e através do contato da pele (especialmente nas superfícies mucosas com olhos e nariz, ou nas feridas). A leptospirose não é conhecida por se espalhar de pessoa para pessoa.

Quanto tempo demora depois a exposição à bactéria para que as pessoas fiquem doentes
O tempo desde a exposição à bactéria para que a pessoa fique doente é de 2 dias a 4 semanas. A leptospirose geralmente começa abruptamente com febre e outros sintomas. A doença pode ocorrer em duas fases; depois da primeira fase com febre, calafrio, dor muscular, vômito ou diarréia, o paciente pode se recuperar por um tempo mas ficar doente novamente. Se ocorrer a segunda fase ela é mais severa e a pessoa pode ter meningite ou falha nos rins ou fígado. Essa fase também é chamada de doença de Weil. A leptospirose dura entre alguns dias a 3 semanas ou mais. Sem tratamento apropriado, a recuperação pode levar vários meses.

Tratamento para leptospirose
A leptospirose é tratada com antibióticos, os quais não devem ser administrados no começo da doença. Antibióticos intravenosos podem ser necessários para pacientes com sintomas mais graves. Pessoas com sintomas que sugerem leptospirose devem procurar um médico.

Onde a leptospirose é encontrada
A leptospirose ocorre no mundo todo, porém é mais comum em climas tropicais ou temperados. Ela é uma problema ocupacional para pessoas que trabalham ao ar livre com animais, por exemplo, fazendeiros, veterinários, pescadores, trabalhadores rurais e militares. A leptospirose também pode ser um problema para pessoas que acampam ou participam de esportes ao ar livre em áreas, rios e lagos contaminados. A incidência da leptospirose também está aumentando em crianças que vivem em cidades.

Prevenção da leptospirose
O risco de adquirir leptospirose pode ser reduzido ao não nadar em águas que podem estar contaminadas com urina animal. Roupas e calçados que ofereçam boa proteção devem ser usados por aqueles expostos, em virtude do seu trabalho ou atividades, a água ou solo contaminado
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INFECÇÃO ALIMENTAR

O que é infecção alimentar
     Infecção alimentar ocorre ao consumir alimentos ou bebidas contaminadas com micróbios causadores de doenças, ou patogênicos, que incluem uma variedade de bactérias, vírus e parasitas. Os micróbios entram no organismo através do trato gastrintestinal e geralmente causam os primeiros sintomas lá, de modo que náusea, vômito, cólica abdominal e diarréia são comuns em muitas infecções alimentares.

     Muitos micróbios podem se espalhar de mais de uma forma, de modo que não é possível sempre saber se a doença foi de origem alimentar. Essa distinção é importante, uma vez que as autoridades públicas precisam saber como uma doença está se espalhando, para tomar as medidas apropriadas, a fim de combatê-la.

Infecções alimentares mais comuns
     As infecções alimentares mais comuns são aquelas causadas pelas bactérias Campylobacter, E. coli O157:H7 e Salmonella, e também por um grupo de vírus chamado calicivirus.
     Campylobacter é uma bactéria patogênica, que causa febre diarréia e dor abdominal. É a bactéria mais comumente idenficada como causa de diarréia no mundo. Essa bactéria vive no intestino de pássaros saudáveis e a maioria das carnes de frango cruas têm a Campylobacter. Comer frango sem cozinhá-lo é a causa mais comum dessa infecção.
     Salmonella também é uma bactéria que vive no intestino de pássaros, répteis e mamíferos. Ela pode infectar humanos por vários tipos diferentes de alimentos de origem animal. A doença tipicamente inclui febre, diarréia e dor abdominal. Se a pessoa tiver o sistema imunológico fraco, a bactéria pode invadir a corrente sanguínea e causar infecção que precisa de tratamento por toda a vida.
     E. coli O157:H7 é uma bactéria patogênica que tem como hospedeiros gado e animais similares. A infecção em humanos geralmente segue-se ao consumo de alimentos ou água que foi contaminada com quantidades microscópicas de fezes de gado. Os sintomas da doença causada pela E. coli O157:H7 geralmente são diarréia grave com sangue e cólicas abdominais fortes, sem muita febre. De 3 a 5% dos casos há uma complicação chamada síndrome hemolítica urêmica, que pode ocorrer várias semanas depois dos sintomas iniciais. Essa complicação grave inclui anemia temporária, sangramento forte e falha renal.
      Os vírus Calicivirus são uma causa muito comum de infeccção alimentar, embora raramente diagnosticados porque os teste laboratorial não é amplamente disponível. Esse tipo de infeccção alimentar causa doença gastrintestinal aguda, geralmente com mais vômito do que diarréia, que costuma passar em dois dias. Acredita-se que a forma de contaminação desses vírus seja de uma pessoa infectada para a outra através do contato com alimentos.

Diagnóstico da infecção alimentar
     A infecção alimentar geralmente é diagnosticada através de testes laboratoriais específicos, que identificam o organismo causador. Bactérias como a Campylobacter, E. coli O157 e Salmonella são encontradas em culturas de amostras de fezes. Parasitas podem ser identificados ao examinar as fezes no microscópio. Vírus são mais difíceis de identificar, uma vez que são muito pequenos para serem vistos ao microscópio e difíceis de fazer cultura. Os vírus geralmente são identificados ao testas amostras de fezes com marcadores genéticos que indicam que um vírus específico está presente. Muitas infecções alimentares não são identificadas por procedimentos laboratoriais rotineiros e precisam de testes experimentais, especializados ou caros, que geralmente não estão disponíveis.

Quando deve-se consultar o médico em caso de diarréia
Deve-se consultar o médico se a diarréia for acompanhada de uma dessas:
* Febre alta.
* Sangue nas fezes.
* Vômito prolongado que impede manter os líquidos ingeridos.
* Sinas de desidratação como diminuição na urinação, boca ou garganta seca, tonteira quando levanta.
* Diarréia que dura mais de 3 dias.

Não fique surpreso se o médico não receitar antibiótico. Muitos casos de diarréia causados por vírus melhorarão em 2 ou 3 dias sem antibióticos. De fato, antibióticos não têm efeito em vírus e podem causar mais mal do que bem se usados sem necessidade. Outros tratamentos podem aliviar os sintomas e lavar as mãos cuidadosamente pode prevenir que a infecção se espalhe para outras pessoas.

Como prevenir a infecção alimentar
Precauções simples podem reduzir os risco de infecção alimentar:
* Cozinhe carne, aves e ovos cuidadosamente.
* Separe os alimentos de modo que um não contamine o outro.
* Coloque o que sobrou de comida na geladeira prontamente.
* Lave bem as frutas e vegetais.